Muito triste e assustado, fito minha incapacidade de lidar comigo mesmo.
Admiro, pasmo, minhas estratégias subconscientes, ou conscientes, porém incontroláveis, de me autodestruir.
Trapaceio-me a cada noite mal dormida em que passo pensando em coisas que não queria pensar, as quais me lavam, se não a conclusão nenhuma, à conclusão de que sou um ser ridículo, inferior e inadequado.
Dividir a vida em períodos, ciclos, estipular prazos só para ver os corações ficarem aflitos nas vésperas e confortados após. Contrair e relaxar sem fim. Imaginar incansavelmente um podium de chegada.
A mente atormentada se debate como um cão que quer fugir de sua coleira. Logo depois que se solta, percebe que não tem para onde ir.
Durmo muito pouco e para compensar passo horas sonhando acordado. Não consigo concentrar-me em absolutamente nada. Realizo menos ainda.
“As vezes to sozinho, quase sempre to em paz” eu dizia.
Agora digo “ Quase sempre to sozinho, as vezes to em paz”
Olho em volta e vejo muitos conhecidos, mas quase nenhum amigo.
Chamo minhas atitudes desesperadas de chamar a atenção alheia de altruísmo.
Não vejo futuro nenhum.
Acabo de passar horas lendo merda na internet (e, Jesus, como tem merda na internet).
Talvez amanhã eu transe com alguma vagina e assista alguma comédia “água com açúcar” para passar o tempo...
O que é então o “Carpe Diem”?
Perdemos-nos eu e eu mesmo na nossa própria liberdade?
Responde companheiro!
Cadê a auto-estima, a espontaneidade, a amizade, o sorriso sincero, o amor, o afeto, as horas felizes, os princípios, as preferências, as certezas, os dias, de sol, os dias de carnaval, os dias realmente bons, aquilo que faz tudo valer a pena, a felicidade ???
Invento minha própria Liberdade, assim como um Hamster faz dentro de sua gaiola.
Sou eu que imponho meus próprios limites baseado nas minhas próprias opiniões. Podemos sim a qualquer hora largar tudo e ir viver em um ônibus mágico no Alasca.( se não compreendeste assista “into the wild”)
As pessoas se acovardam e não acreditam em suas próprias opiniões, em seus instintos, e acabam se baseando pela opinião alheia, pelas regras de adequação e etiqueta da sociedade. Todos os dias acordamos e trabalhamos duro para nos tornarmos mais parecidos com as outras pessoas. O “quem sou eu” do meu perfil do Orkut não passa nem perto de me descrever, dá vontade de colocar: “Um carinha bem parecido com a maioria, que não sabe o que quer nem quem é.”
Estamos ficando todos iguais, o mundo esta se globalizando, ficando monótono, sem criatividade, chato, protocolar.
Bob Marley dizia: "Vocês riem de mim por eu ser diferente, e eu rio de vocês por serem todos iguais"
E não subentenda-se aqui que transgredir é fumar maconha.
O que os anos 70, a era Hippie e todos aqueles peitos de fora, drogas, musicas, cores e loucura e quiseram dizer? Paz e amor, não é?
Cadê a paz o amor, a amizade, os momentos prazeirosos e tudo aquilo que acabei de procurar? No MSN talvez?
O que a juventude dos anos 2000 quer dizer? Somos uma juventude conservadora? Ou simplesmente acéfala? Qual é exatamente a nossa filosofia? No que realmente acreditamos?
Não sei o que quero, ou não sei o que a sociedade quer de mim?
E você, acredita mesmo no que diz que acredita ?
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