domingo, 6 de dezembro de 2009

Da Sociedade e suas Relações Humanas

Não sejamos superficiais
Façamos a noite valer a pena
Falemos do céu e do amor e do infinito
Com toda a sinceridade de nossos corações

Nos livremos do passado do futuro e do pudor

Que toda a embriaguez termine em um abraço
Que toda noite de amor termine em paz
Que transformemos nossa angústia em boas idéias
Vislumbremo-nos com o mundo em sua simplicidade

Reservemos um tempo para admirar as coisas e principalmente as pessoas

Que nos esforcemos para compreender os que estão ao nosso redor
Que nossas palavras sejam muitas e necessárias, e que se saiba extrair a beleza disso
Que tenhamos objetivos, mas não deixemos que eles nos ceguem
Que tenhamos liberdade, mas tomemos cuidado para não nos perdermos

Que nossas intenções sejam ao final a mesma, viver e só.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Sindrome Amotivacional

Escrevo porque preciso, não escrevo para mostrar dotes intelectuais ou para impressionar com belas rimas. Não quero cheirar bem, adocicar, acariciar ou causar boas impressões; muito menos parecer o que eu talvez gostaria de ser e não sou. Preciso escrever e só.
Não gosto de voltar para casa e me fechar em minha solidão. Nesses momentos, final de expediente, não adiantariam cerveja, mulheres, amigos, família. Se caísse do céu um pote ouro no meu colo com certeza eu ficaria angustiado, e não feliz. Não saberia o que fazer. Não sei o que fazer. Não consigo abandonar esta vida, estes hábitos. Com certeza as coisas perderiam mais ainda o sentido. Não, não sou feliz, mas não consigo enxergar outro caminho a minha frente.
Escrever é o que me acalma, é o que dá algum sentido a estes pensamentos ruins, uma conversa com quem me entende; eu mesmo. Rende ao menos noites de insônia e produção textual. Agarro-me em problemas, pessoas e planos na esperança de poder sair deste mundinho ridículo mas invariavelmente me pego novamente escrevendo. Não me sinto vivo.

sábado, 7 de novembro de 2009

E você, acredita mesmo no que diz que acredita ?

Muito triste e assustado, fito minha incapacidade de lidar comigo mesmo.
Admiro, pasmo, minhas estratégias subconscientes, ou conscientes, porém incontroláveis, de me autodestruir.
Trapaceio-me a cada noite mal dormida em que passo pensando em coisas que não queria pensar, as quais me lavam, se não a conclusão nenhuma, à conclusão de que sou um ser ridículo, inferior e inadequado.
Dividir a vida em períodos, ciclos, estipular prazos só para ver os corações ficarem aflitos nas vésperas e confortados após. Contrair e relaxar sem fim. Imaginar incansavelmente um podium de chegada.
A mente atormentada se debate como um cão que quer fugir de sua coleira. Logo depois que se solta, percebe que não tem para onde ir.
Durmo muito pouco e para compensar passo horas sonhando acordado. Não consigo concentrar-me em absolutamente nada. Realizo menos ainda.
“As vezes to sozinho, quase sempre to em paz” eu dizia.
Agora digo “ Quase sempre to sozinho, as vezes to em paz”
Olho em volta e vejo muitos conhecidos, mas quase nenhum amigo.
Chamo minhas atitudes desesperadas de chamar a atenção alheia de altruísmo.
Não vejo futuro nenhum.
Acabo de passar horas lendo merda na internet (e, Jesus, como tem merda na internet).
Talvez amanhã eu transe com alguma vagina e assista alguma comédia “água com açúcar” para passar o tempo...
O que é então o “Carpe Diem”?
Perdemos-nos eu e eu mesmo na nossa própria liberdade?
Responde companheiro!
Cadê a auto-estima, a espontaneidade, a amizade, o sorriso sincero, o amor, o afeto, as horas felizes, os princípios, as preferências, as certezas, os dias, de sol, os dias de carnaval, os dias realmente bons, aquilo que faz tudo valer a pena, a felicidade ???
Invento minha própria Liberdade, assim como um Hamster faz dentro de sua gaiola.
Sou eu que imponho meus próprios limites baseado nas minhas próprias opiniões. Podemos sim a qualquer hora largar tudo e ir viver em um ônibus mágico no Alasca.( se não compreendeste assista “into the wild”)
As pessoas se acovardam e não acreditam em suas próprias opiniões, em seus instintos, e acabam se baseando pela opinião alheia, pelas regras de adequação e etiqueta da sociedade. Todos os dias acordamos e trabalhamos duro para nos tornarmos mais parecidos com as outras pessoas. O “quem sou eu” do meu perfil do Orkut não passa nem perto de me descrever, dá vontade de colocar: “Um carinha bem parecido com a maioria, que não sabe o que quer nem quem é.”
Estamos ficando todos iguais, o mundo esta se globalizando, ficando monótono, sem criatividade, chato, protocolar.
Bob Marley dizia: "Vocês riem de mim por eu ser diferente, e eu rio de vocês por serem todos iguais"
E não subentenda-se aqui que transgredir é fumar maconha.
O que os anos 70, a era Hippie e todos aqueles peitos de fora, drogas, musicas, cores e loucura e quiseram dizer? Paz e amor, não é?
Cadê a paz o amor, a amizade, os momentos prazeirosos e tudo aquilo que acabei de procurar? No MSN talvez?
O que a juventude dos anos 2000 quer dizer? Somos uma juventude conservadora? Ou simplesmente acéfala? Qual é exatamente a nossa filosofia? No que realmente acreditamos?
Não sei o que quero, ou não sei o que a sociedade quer de mim?

E você, acredita mesmo no que diz que acredita ?

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Odeio a palavra "adequado", ela não se adéqua bem em discurso nenhum. Soa a mim como uma falta de criatividade para adjetivos, soa como um descontentamento muito clichê que não ama e nem quer mudar as coisas. Nada adequada enfim...
Odeio estar feliz, não consigo escrever nada!
Caderninho de escrever, a coleção dos meus piores momentos.

domingo, 16 de agosto de 2009

Assembléia Geral

Desculpa, eu queria muito falar de algo novo, divertido e criativo.
Queria muito ser engraçado saber rir da vida num domingo à noite; ser firme, porém leve; ser profundo, porém breve; ser normal, porém original...

De repente as teclas que sempre bato se tornam mais importantes do que eu gostaria, latejam e fazem meus dedos coçarem diante do teclado.

Domingo à noite novamente. O fim de semana vai embora e com ele a família, os amigos, a alegria, o amor, o tempo, a vida. Acompanhados ou sozinhos estamos todos absortos em nossa solidão/reflexão. Resta só o grande vazio e uma raquítica, preguiçosa, sincera e necessária esperança. Os que perdem até essa esperança se suicidam.

Eu disse que queria ser original; aqui vai um detalhe que me salva, em parte, da mesmice. Esse é o domingo à noite de um mês de férias que foram as penúltimas da minha vida. Isso deixa até o trabalhador mais dedicado e caprichoso desse Brasil pasmo. E pensar que tenho mais um domingo à noite igual ou muito pior que esse pela frente, me deixa tanto mais pasmo, se é que existe uma escala de “pasmice”.

O período de férias tem por característica ser feito de dias indefinidos que ora chamamos de sextas à noite, em que enlouquecemos e nos libertamos, ora sábados à tarde, reparadores, ora domingos de manhã, em que enchemos o coração de bons sentimentos, ora de terças à tarde, de infinito e nauseante tédio.
Acordamos às 14h e nos espreguiçamos até às 15h. Almoçamos ? Ligamos para pessoas interessantes. Assistimos filmes. Lemos livros de verdade. Jantamos com a família ou com os amigos (nunca sozinhos e com pressa). Vamos dormir às 3h ou às 6h ou vamos para festa e nem dormimos. Whatever...
Tudo isso acaba num amargo domingo à noite.
Sentamos com o maior peso do mundo no sofá, ou nos atiramos no chão da sala, nos lamentamos e fazemos planos e promessas igual e ridiculamente como no ano novo, ou depois de sofrer um acidente de carro.
Daqui para frente vai ser diferente. Nesse semestre vou estudar, vou abandonar minha vida boemia, vou fazer um regime, vou parar de fumar, vou falar com aquela garota, vou juntar algum dinheiro para viajar, vou aprender a tocar gaita... E se tudo isso der certo juro que vou até Caravaggio dando cambalhotas.
Toma-se um banho, faz-se a barba, passam-se algumas camisas, compra-se agenda pasta, canetas, livros (não os de verdade) e até um óculos de grau novo. Tentamos dormir no domingo à noite, a insônia não deixa, refazemos todos os planos mentalmente, achamos todas as saídas para todos os problemas, nossos e do mundo, cochilamos 10 minutos e esquecemos de tudo. Acordamos e levantamos rápido.
Tomamos um café bem forte, confidentes de si próprios e com toda a esperança que nosso coração pode comportar, vamos à luta já tendo a certeza de já ter de aprender a dar cambalhotas, pois é claro que dará tudo certo. Uma semana depois já estamos amarrotados, barbudos e bêbados num boteco.

Quero dizer, medidas provisórias e portarias no senado do psiquismo não nos levam muito longe, não resolvem os problemas. Somos corruptos com nós mesmos, possuímos mecanismos para nos autotrapacear. As leis dos sentimentos, desejos e fantasias tem muitas brechas. É preciso mexer na constituição, no âmago da questão.
Assembléia geral com todos os meus eus nas férias! Quero todos os neurônios e fantasmas do passado presentes! Vamos argumentar e deliberar calma, organizada e objetivamente! O relatório final sai no domingo à noite sem falta!
Esta é com certeza a reunião mais difícil de presidir.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Ter escolha é ter poder. Ter poder exige responsabilidade.

Ter poder é ser ativo na vida, é poder mudar os rumos da própria história, é ser o ator principal, é viver os momentos mais intensamente. Ser passivo é exatamente o contrário...
Pagamos e recebemos pelas nossas escolhas, nem sempre na mesma moeda.

Não sou mais o mesmo. Eu era muito obstinado, tinha objetivos, lutava por uma causa nobre, ganhava qualquer briga em que entrasse, era o melhor em tudo, tinha orgulho de mim mesmo, era decidido, eu era grande!
Agora estou perdido, sem ambição, com atitudes autodestrutivas, indeciso...
Há quem, na mesma posição social que eu, se sinta bem. Quem sabe é porque já conseguiu estabelecer os próximos objetivos a alcançar. Quem sabe é porque não se dá conta ou não se preocupa com a própria realidade e acha qualquer motivo para se distrair, não se importa
com a idéia de passar vida alienado sem pensar na própria condição.

Preciso sempre de um obstáculo maior, sempre complico demais, filosofo demais, sou sensível demais...
Não consigo me enganar e me alienar, tenho que manter minha liberdade de pensamento, ter o poder de pisar no freio e controlar a própria vida, seguras as rédeas, ter escolhas.
Parece que todo mundo a minha volta está “vivendo no automático” e eu estou parado no tempo analisando a situação constantemente.
Parece que eu costumo colocar a cabeça para fora do “Circo da Alienação” mais freqüentemente que os outros, e nessa hora me reprogramo, planejo tudo novamente e volto atrás em decisões já tomadas.
As vezes gostaria de ter o poder de recomeçar tudo do zero.

Pensando melhor se eu tivesse esse poder não sairia nunca de fase nenhuma da vida. Lembro que eu jogava uns videogames do tipo Mario e Sonic em que contava o numero de pontos que se fazia em cada fase, que somados no final do jogo determinariam ganhar ou perder e ainda me colocaria em um ranking de desempenho. Eu geralmente me saia bem na fase que jogava, mas a começava novamente variadas vezes porque queria ir sempre melhor. Repetia muitas vezes a mesma fase e acabava não progredindo no jogo.
Por sorte a vida é uma via de mão única, onde simplesmente as coisas são como são.
Ninguém atravessa o mesmo rio duas vezes. Somos o resultado de tudo aquilo pelo o que passamos e aqui entra o valor das escolhas e todo o poder que elas representam.

Até uma certa fase da vida, tudo o que fiz foi pensando em aprender para que quando a vida real começasse de verdade, quando saísse debaixo da saia da mãe, tivesse que me virar de verdade, teria os conhecimentos para enfrentar as situações. Encarava meus erros como aprendizado.
Agora já não encaro mais assim, me culpo muito pelos meus erros considero que o tempo de aprender acabou começou o tempo de acertar. Isso marca, para mim, a passagem para vida adulta, o fato de fazer escolhas e assumir a responsabilidade sobre elas, e ganhar o poder de governar a própria vida.
Um marco do progresso da raça humana, o triunfo sobre a natureza e o crescente ganho de poder do homem, é a estátua da liberdade. Há quem diga que agora, com todo esse poder em nossas mãos, teríamos que construir também a estátua da responsabilidade, para que esse poder seja adequadamente administrado.
Entretanto, parece que quanto mais nos se concentramos em acertar, em controlar tudo, as coisas fogem do nosso controle.Tudo o que planejamos sempre poderia ter sido de um jeito melhor, menos trabalhoso, mais rápido, mais barato... Ficamos freqüentemente remoendo o que passou e nos culpando. Organizar a própria agenda, decidir o que fazer nas próximas horas é uma tarefa muito dura. O dia em que não planejamos nada, em que não nos organizamos mentalmente, é o dia em que dá tudo errado.
Em frente a isso muitas pessoas preferem “viver no automático”; acham estranho, têm medo ou preguiça e evitam pensar sobre isso. Enfim vivem em um modelo de felicidade que compraram como se fosse um pacote pré-determinado de viagem.

Se ser mais questionador do que alienado me torna mais feliz ou não? Não há resposta. Nasci com isso, se eu não for isso não serei eu mesmo. Prefiro ser profundo, verdadeiro e triste, do que ser um "bobo alegre". Simplesmente prefiro, uma questão de escolha.

“Eu estou sempre no conflito entre o correto ou qualquer outra alternativa.”

“Perder-se é inevitável, corrigir a rota é constantemente necessário.”

E mesmo assim dá aquela sensação estranha de não ter nada pra fazer...


Nas férias não existem provas ou preocupações, isso faz parte daquele outro mundo paralelo, irreal e aparentemente sensato, em que nos fantasiamos com aqueles jalecos brancos e fingimos existir um abismo intelectual entre nós e nossos pacientes. Onde nos agarramos aos nossos livros, provas e problemas e tentamos fazer disso tudo uma carreira bonita e épica,com todo o sofrimento e drama inerente a essa palavra, que nos levará a algum lugar em algum momento onde tudo fará sentido e valerá a pena. E é claro chegaremos lá com muita retidão e boas maneiras...

Nas férias impera a Infinita HighWay:

"...Mas não precisamos saber pra onde vamos

Nós só precisamos ir

Não queremos ter o que não temos

Nós só queremos viver...”

“...Nós estamos vivos e isso é tudo...”

É o momento em que nos deparamos nua e cruamente com nós mesmos e fazemos o que gostamos de verdade. Temos a missão de nos divertir, de sermos felizes enfim, ou de no mínimo nos suportarmos. É um momento de intenso de autoconhecimento em que enfrentar aquele vazio e aquele tédio inerentes a nossa mediocridade é inevitável.Nos reinventamos e reformulamos nossa filosofia de vida, vamos a festas, tomamos porres , fazemos sexo, assistimos filmes, lemos livros, vemos o sol se pôr e fica aquela sensação...

"Não me venha com conclusões, a única conclusão na vida é morrer" diria o poeta.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Acabei de ler tudo o que escrevi, achei um lixo completo.
Acredito no poder do ponto final e da nova chance que vem depois dele.
Começo uma nova era; mais sóbria, adulta, bem-humorada e eloquente, porém não menos sincera.
Desculpa, leitor, por toda a chateação.

domingo, 12 de julho de 2009

Texto ruim e violento

Nascer é uma violência.

Morrer pode ser violento.

Tudo doi, arde, machuca, raspa, incha, fica vermelho, roxo, verde e azul.

Falta de respeito é uma violência.

Viver em paz alheio a tudo que te faz mal é uma violência, uma audácia, no mínimo uma injustiça.

Amar e mudar as coisas, se engajar policamente, religiosamente e lutar é uma violência.

O mundo é um bater incessante de moléculas cheias de energia e violentas.

Esse texto é uma violência contra ti leitor.

Desculpa.

Bolinhas de bis

Fazer uma bolinha com 16 papéis de bis que acabei de comer sem perceber é algo fantástico.
Acordar e perceber isso é engraçado.
Mais fantástico é pensar que muitas pessoas também fazem isso, igualzinho a mim.
Subir no telhado para esvaziar a cabeça, olhar pasmo pela janela de madrugada ou fazer um intercâmbio por um ano no exterior, largar tudo, todos estão embasados pela mesma filosofia.
Saber exatamente o que se quer mas querer em outro momento que não o "agora" não é exatamente indecisão ou "não saber o que se quer".
Ter a certeza de que se esta no caminho certo mas perder a vontade de continuá-lo. Olhar para a montanha que já se subiu ter certeza que não há mais volta e olhar para a montanha que há por vir e não ter a menor pressa em subi-la. Querer sentar embaixo da bergamoteira do existencialismo e dar um tempo.
Saber "quase tudo o que não se quer" e ter muita sede de aventuras e de liberdade.
Uma boa definição para isso tudo seria "adolescência". Aquela verdadeira que começa com 18 e acaba lá com uns 35 anos na cara depois que não resta mais nada a fazer além de se conformar com o que foi feito até ali e seguir a trilha mais limpa e segura que se vê a frente com os filhotes e a mulher ao lado.
Antes disso, sim, somos todos adolescêntes livres de corpo alma e destino !
Me sinto mais irresponsável e livre do que quando tinha 15!
Enfim, e o que diabos o bis tem a ver com isso tudo?
Nada, só que decidi parar de comer e precisava ocupar as mãos enquanto pensava e resolvi digitar.

Querer botar o pé no freio só para se ter a certeza de que ainda se tem algum controle sobre a própria vida, de que os desejos ainda prevalecem sobre as obrigações. Pensar algumas noites a fio em como fazê-lo, pensar mais algumas noites a fio nos detalhes de como seria isso e no final ter a certeza de que se pode sim fazê-lo é de entusiasmar e de dar medo.
Muitas vezes no fundo desejamos apenas não ter escolha. Ter somente um história pobre, triste e sofrida por tras, uma trilha dura mas moralmente correta a frente, que seguiriamos com retidão e seriedade, e que ao final sem sentido de tudo, olhariamos para toda essa trajetória e sentiriamos apenas orgulho, sabendo que não poderiamos ter feito melhor do que fizemos. Infelizmente a vida não é simples assim para todo mundo. Algumas pessoas têm escolhas. As fazem e pagam o seu preço. Correm o risco de não sentir o orgulho ao fim de tudo, mas buscam ao menos diminuir o vazio que se tem ao fim de tudo...
Na verdade isso tudo é um processo mais demorado e complexo do que somente algumas noites de insônia. Começa com a infelicidade inerente a uma vida aparentemente sem sentido, passando pelo estresse enloquecedor do dia-a-dia, indo de encontro com a falta de controle sobre a própria vida, sob a própria agenda ou sob os próprios atos, esbarrando na certeza de que há algo errado, caindo no vazio de não saber exatamente o que está errado, se perdendo no labirinto de não se saber mais quem se é, e vendo o futuro do fundo de um buraco muito fundo como um massacre psicológico pelo qual não se está preparado para enfrentar.

Talvez isso tudo sim seja a "adolescência". Isso tudo além de muito sexo, muitas festas, muitas aventuras, muitas loucuras, muitas dúvidas e pouca grana. A adultez é exatamente o contrário.
Ambas tem sempre como pano de fundo o relógio a pulsar invariavelmente a 60 batimentos por minuto. O que as vezes parece uma taquicardia, outras parece uma parada e quase sempre soa como uma arritmia.
Sentir a mente acelerar até dar dor de cabeça. Sentir a vida acelerar até nos matar de aflição.
Sentir que tudo está errado, o efeito estufa, a crise mundial, a guerra, a igreja, a política, e apesar de tudo a mundo segue em frente e com pressa, sempre atrasado... para onde? para que? por que?
Sentir que é hora de acabar o texto e voltar a estudar farmaco...

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Desafio

Sentir na pele a ruina, o fracasso.
Levar um golpe muito forte da vida, cair no chão da sala e ter a certeza de não poder mais levantar. Tentar chorar e não conseguir.

Tentar abraçar o mundo levantá-lo e deixa-lo cair, sentir todo o seu peso comprimindo os desejos mais sinceros.

Me auto-intitular louco , e sair correndo gritando asneiras seria muita covardia. Seria muito mais fácil e coerente desistir e fugir. Manter minha cabeça em paz por algum tempo, reservar algum tempo para se admirar com a beleza das coisas e das pessoas. Simplismente desistir, deixar para depois, botar o pé no freio.
A vida esta voando diante dos nossos olhos e os segundos não param para saber onde queremos ir, ele simplismente nos leva nos suga para dentro do turbilhão.

Não disseste que gostas de desafios??
Te Fode então... Conseguiu o tal desafio.
Um desafio que se preze deve parecer impossível, e deve sê-lo. Do contrario é uma brincadeira, um jogo.
Um desafio tem que alcançar o limiar da loucura, do esrtess , da exaustão e tem que no final de tudo, depois de superado, te fazer ter a certeza de que naceste denovo e de que nunca mais enfrentará algo tão comlicado na vida... Até o marasmo te fazer esquecer e começar tudo novamente.
Temos que entrar numa aposta com a vida a premio, ou pelo menos com 1 ano da vida a premio... Sem grandes perdas não há grandes glórias... Temos que aceitar desafios sabendo que a chance de ganharmos é de 10% no máximo.
Presciso de 9,44 na próxima prova.
Vou me reinventar vou batalhar, colocarei sange e suor e tudo mas não sairei derrotado dessa.
É um desafio de mim para com mim mesmo, bem nos meus pontos fracos, organização, trabalho em grupo, concentração e privação de vontades.
Dessa vez tenho a impressão de que se euconseguir nada mais vai me segurar.
Que venha toda a loucura que vier. Prometo sair sobrio e inteiro dessa.
Tchau vida!

domingo, 17 de maio de 2009

Pensamentos automáticos

Para que revisar decisões já tomadas?
Remoer um vômito nojento e já vomitado a troco de nada.
Sofrer não vai adiantar. Não há outra saída. Encarar de frente e sentir toda a dor, sentir tudo que há para sentir. Viver tudo o que há para viver.
Sofrer até cansar de sofrer e esquecer. Pegar nojo do vômito enfim.

Se eu for jogar fora tudo que me lembra dela vou jogar metade do meu apartamento fora, e corro o risco de cair junto pela janela...
Se for voltar atrás vou dar com a cara contra o muro.
Se for traçar uma estratégia só vou me decepcionar. Não vale a pena planejar o improvável.

Desejo sinceramente, tomara, que ela esteja feliz e que esse cara não seja melhor do que eu, mas que pelo menos a mereça, a respeite e a entenda, como eu algum dia já fiz.
Espero que ela deseje o mesmo para mim.

Jurei que dessa vez eu não ia atrapalhar.
Mantenho meu peito aberto e por enquanto meu coração dilacerado sangra.
A medicina jurou que ele vai cicatrizar.

Os livros de psiquiatria não definem o que é loucura.
Será o simples fato de não controlar mais a maioria dos pensamentos e sentimentos?
Ou fato de cairmos pasmos no sofá sem forças para continuar?

Quando falta luz o invisível nos salta aos olhos.
Quando o sentimento de perda nos inunda, o obvio nos salta aos olhos.
As pessoas mudam, os tempos são outros; me apaixonei por uma certa pessoa, que mudou, inserida em uma certa época, que passou.
Talvez esse sentimento de perda na verdade seja saudades do que não se pode mais ter.

O tempo inexorável passa. O calendário, perfeito em seu esquadro, e coerente em sua divisão do tempo não nos dá nem um segundo a mais de descanso e não nos tira nem um segundo de sofrimento.

O tempo passa e as histórias envelhecem e se tornam mais coerentes.

Vejo uma luz muito fraca no fim do túnel. Se não puder superar isso pelo menos vou me acostumar. E vou, devorando concreto e asfalto, continuar.

Com certeza me sentiria muito mais estranho se não estivesse sentindo nada.
Isso me mostra que esses últimos 2 anos valeram a pena.

Todas as músicas de amor fazem muito mais sentido do que deveriam nessa hora.

“Tudo queimava nada aquecia”
“Tudo lembrava ela”
“Por onde andei , quando você me procurava ?”
“Estranho é gostar tanto do seu allstar azul...”
“Assim ela só vai achar alguém pra vida inteira, como você não quis...”

São só músicas, não decretos.
São musicas que parecem decretos.
São a prova de que eu não sou um monstro insensível.
São as armas que dilaceram o coração.

Tudo em paz. Amanha é segunda e minha vida me espera.
Tchau radar.

Desabafo de domingo a noite

As vezes parece que todas as minhas postagens são feitas no domingo à noite.

É a hora mágica da semana em que paramos sentados no sofá, exautos de tanto nada, e nos rendemos à certeza de que nada faz sentido. É a hora em que nos agarramos em nossa familia amigos, objetos, lixo sentimental, mediocridade, infantilidade e choramos, a alma chora baixinho a perda inacreditável de mais uma semana.

É a hora e que temos a certeza de que ter uma certeza é muito valioso. É a hora em que olhamos a nossa volta e temos a certeza de que está tudo errado e ficamos felizes por termos uma certeza e mais felizes ainda por termos novamente algo pelo que lutar.

É o velho e bom divã de domingo que nos da forças para seguir absurdamente em frente.
As pessoas enloquecem calmamente. Nada é na verdade o que parece ser.
E assim será um enterno "descompensar e compensar" orgânico, quimico e mediocre.

Quanto mais a medicina avança menos esperança tenho de achar minha cura.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Ponto Final

As vezes é somente postagem errada na hora errada.
As vezes é a postagem errada na hora certa.
Ou as vezes o maior erro foi ter decidido ter feito um blog.
O certo é que não há nada certo.
E tendemos a achar erros em tudo.

As vezes é a noticia certa na hora certa.
Mas que soa errado.

Hoje soa um alarme que me atormenta e enraivece...
Que superficialmente faz minha pressão arterial subir a ponto de eu poder sentir as artérias da face pulsando...
Mas no fundo de minha alma soa um sincero "Foi melhor assim".
Há um mês era exatamente o contrário.

Noticias Ruins.
Ruina.
Uma Chance de se reerguer.

Nada como saber que tem algo na vida que ainda impressiona.
(A postagem anterior foi feita há um mês e meio atras)

domingo, 29 de março de 2009

Efeito colateral

Aperto no peito,
Confusão,
suor gelado,
Hormônios à flor da pele.

À sombra de um fim de semana vazio,
sob a angustia do que poderia ter sido e não foi,
Sinto o isolamento completo como o meu teórico alivio e meu real veneno,
Sinto uma falta tamanha que não consigo traduzir em palavras.

São anos luz de um vazio amargo e cruel,
que ironicamente eu mesmo escolhi.
Ele me olha e ri, parece dizer: "Estarás sempre errado."
Desdenha de meu sofrimento e dilacera vagarosa e silenciosamente os restos cardíacos daquilo que já pulsou por alguém

Não sei bem o que me faz continuar
mas eu sigo meu caminho.
Se ao menos eu soubesse para onde estou indo...
Se soubesse onde fica o acelerador ou o botão de auto-destruição.

Se houvesse ao menos uma placa no caminho
Uma certeza , mesmo que distante,
Uma garantia infundada que fosse,
meus passos seriam mais firmes.

Sigo o meu caminho no escuro com medo de pisar em falso.
Batendo a cara contra o muro
Sentindo uma dor surreal,
Nauseante de tão cruel.

Mesmo assim,

É melhor manter a cabeça erguida e me perder na ilusãodo que voltar atrás e admitir que estou perdido.Não é questão de orgulho cego e burro,É questão de dignidade.

Tudo de bom e de ruim acontece em um sábado à noite,
E as feridas disso tudo inflamam na ultima hora do domingo à noite e não me deixam dormir.
O desespero de ver o espetáculo da vida sentado passivamente no trono de um apartamento,
Vendo o tempo voar e me deixar para trás, é quase tão cruel quanto o sentimento de impotência inerente a tudo isso.

Ninguém dorme e as olheiras da segunda de manhã denunciam a loucura coletiva.
A alma brigando com o corpo...
Até quando o corpo agüenta?
Dizem que depois do desespero total agüentamos mais 40%

Cruel não?

Quando começa a semana esquecemos quem somos
Nos fantasiamos de algo sensato
Nos agarramos nos nossos problemas e os amamos...
Qualquer porcaria é valida para entreter e nos fazer esquecer...

Admiro muito os mendigos,
São um exemplo de superação psicológica.
Sobrevivem com o mínimo e têm a audácia de se suportarem 24h por dia.

Toda manha passo ao lado de um mendigo.
Nunca conversamos, mas sempre nos encaramos.
Toda a manha parecemos medir a loucura um do outro.
Sempre me olha com uma cara sensata de desaprovação.

Eu baixo a cabeça e sigo o meu caminho, sempre apressado, desejando um dia poder ficar o dia inteiro em atirado sem precisar da mais nada a não ser do chão...
Será que ele deseja o contrário?
Faço bandeira de meus trapos.
Sigo sofrendo e devorando concreto e asfalto.

Solidão é o castigo dos presidiários.
É a realidade dos moradores das grandes cidades.
Cada um no seu quadrado, lamentando as próprias magoas.
Fruto genial de nossa admirável independência e individualização exagerada.

Acabou tudo, gostaria de dizer "melhor assim"
Ainda não posso, e alimento a esperança de que um dia poderei dizê-lo com sinceridade.
Por hora sigo me remoendo e tentando achar as peças de meu coração que caíram pelo caminho
Amanha será segunda, e tudo deverá fazer sentido.

PS: Como será que era acabar o namoro no inicio do século passado sem telefone, orkut ou msn, Sem ter como desabafar imediatamente... O que seriam dos namoros recém terminados sem o orkut??? È o divisor de aguas entre o amor sincero e a solidão total.

Faça o que quiseres mas no filtro solar e no perfil do orkut acredite. Ah e cuide bem dos seus joelhos... Não reze

quarta-feira, 25 de março de 2009

O valor de um papel branquinho subiu muito neste nosso mercado sensato e muito educado da modernidade.
Certa feita fui a uma exposição artistica e em vez de folders com muita informação estupida e incoveniente (são raros os folders uteis), recebi um caderno com paginas em branco em que pude anotar as minhas impressões da tal exposição.
Nunca esqueci aquele exposição.
Aquele foi um dos momentos mais sublimes de criação que já tive.
Seguir viagem,
Botar os pés no chão.

Agarrar-se em uma corda solta ao vento e ter a sensação de segurança.

Ninguém sabe o que é real, o que é longe ou o que é perto.
É tudo uma questão de referencial.

Caderninho de escrever braquinho e com cheirinho sincero de solução.

Pessoas do mundo tragam soluções, não problemas.
Se troxerem problemas, já tragam junto a solução.

O melhor é não trazer nada, e sim buscarmos juntos...

Ballantine's, leave an impression...

Quando algo não esta bom mudamos.
Se mudar para melhor, melhor.
Se mudar para pior mudamos novamente.

Eu tenho medo do medo que as pessoas tem.

terça-feira, 17 de março de 2009

In AcaBADO

Fiz bandeira destes trapos,


devorei concreto e asfalto,


me encontro com o corpo cheio de marcas,


exaurido de mim mesmo e da decepção que a falta de orgulho me traz.





Apesar de tudo o que fizemos


eu e eu mesmo,


não fui entendido, reconhecido, não me pagaram 1 centavo,


não deram nem um tapinha nas costas.





As vezes o gosto amargo e podre da confusão e da ruina me vem a boca.

Tento vomitar neste papel minha angústia,

tento desaborrecer-me aborrecendo-te leitor.

De nada adianta, ficamos aborrecidos os dois.



Quando tenho mais coisas para pensar do que aquilo que minha mente limitada pode suportar,

tento bater tudo no liquidificar da ilusão para engolir tudo uma vez.

Acabo estragando tudo.



Logo que as horas passam, a memória trata de funcionar e apagar meus desgostos e o que não é importante,

a tempestade se acalma e parece tudo claro novamente.

Nessa hora tenho a maior satisfação de erguer a bandeira de meus trapos.


Mais valem trapos sujos e com Histórias para contar

do que a seda bem cultivada da redoma que nunca serviu de nada.


Sigo devorando concreto e asfalto, com coragem e força,

sempre com a impressão de que a montanha, que subo, nunca vai acabar

mas sempre com a sensação de estar cadavez mais perto do cèu,

ou da loucura completa.


Obrigado caderninho de escrever.

insight

Me diz, porque será?! Que agente cruza o rio atraz de agua, e finge que não está nem ai.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Toda unanimidade è Burra

Toda unanimidade é Burra. Essa é uma ótima frase para se iniciar um texto. Porém não venho falar nem de unanimidade nem de burrice. Se tu leitor já leste as outras postagens e percebeste que eu falo na 1ª do plural "nós", e muitas vezes esse "nós" soa estranho para ti, é porque és uma pessoa feliz e não compartilha dos mesmos assombros que eu.
Se não leste as outras postagens aconselho ler.
Se ainda não leste nada do Machado de Assis , recomendo-te fortemente a ler.
Aliás recomendo a parar de ler essa besteira que estou escrevendo e ir lê-lo agora.

Tá legal, não me obedeceste, continuaste lendo. Não faz mal... Estou começando a gostar de ti.
Trangredir se traduz nisso em parte. Fazer o que não está previsto na lei, na moral e nos bons costumes...
A maior Transgressão é fazer o que não estava previsto nem em nossos planos mais íntimos. É sair para comprar pão e encontrar o amor da sua vida. É entrar na briga para apanhar e arrastar o focinho do adversário no asfalto. É achar graça nas piadas que o pai conta. É olhar para trás e conseguir orgulhar-te de ti mesmo, apesar de todas a cagadas que fizeste pelo caminho. Transgressão rima com contradição e principalmente com evolução. Tem a capacidade de produzir uma felicidade das mais verdadeiras.

Mas eu falava do "nós". Quem sabe eu suponho que todos tenham as mesmas minhocas que eu na cabeça. Quem sabe eu esteja falando simplesmente comigo mesmo. Quem sabe eu tenha tantas minhocas que esteja ficando atordoado, ou quem sabe eu escreva na 1ª do plural por ter uma profunda esperança secreta de que alguém leia isso algum dia e goste ou não goste, que aprenda algo ou confuda-se mais, mas que pelo menos sinta algum impacto com isso.


Questine. Mude... Ou fica tudo jeito que esta e continuamos bebendo Coca-Cola.

Rodoviária

A cada promessa de abando dos rótulos, cada vez que ouvimos algum tipo de filosofia sincera e profunda, a cada musica do Cazuza ou dos Engenheiros ouvida pela primeira vez, a cada livro de pensamentos ou poesias profundos, com toda a profundidade que o "profundo" pode ter, temos a impressão de que ouviremos aquele pensamento que acabará com nossos problemas psicológicos e nos transformará em pessoas realmente felizes, mas não.
Por mais bonito e profundo que seja o pensamento no início, ele nunca chega num final convincente, nunca atinge o âmago da questão.
E nunca atingirá.
Felizmente é isso que nos mantém vivos e se mexendo; com cada vez mais criatividade.
Tenho a impressão de que somos meros compostos químicos que estão fadados a se mexer incessantemente pelo espaço para o resto da eternidade. É só uma reação química sem sentido. Basta observar a Rodoviária por alguns minutos.

Mediocridade

Acordamos ou com sono e putos da cara, ou cheios de esperança surreal que só existe na propaganda da Doriana, geralmente os dois.
Tomamos café por obrigação e traçamos planos para as próximas horas da existência.Se for dia útil alguém( faculdade, trabalho) já fez isso por nós, há pouco o que pensar, muitas obrigações.Se for fim de semana perdemos mais tempo planejando do que fazendo, e enquanto isso ligamos a TV, e quando se vê já é a hora de correr atrás do almoço. Ai está um ótimo objetivo fugaz, totalmente pertinente à existência.Começa alguma correria, se ninguém estiver fazendo isso por nós.Depois de alimentados concentramos algumas calorias e alguns minutos fazendo a maravilhosa digestão.Depois dela vem a hora crucial do dia, ai por 2 da tarde entramos numa crise existencial e vivenciamos o tipo de tédio dos mais nocivos possível.Começa a faltar criatividade do que fazer com a própria existência. Ai pensamos em várias possibilidades, se estamos sozinhos rapidamente pegamos o telefone, enquanto isso a TV continua ligada desviando um pouco de nossa atenção e depressão.Algumas vezes programamos atividades realmente prazerosas no telefone com outros seres na mesma situação que nós , mas muitas vezes entramos em frias das quais tentamos sair e voltar para frente de TV outra vez.
Se não arrumamos nada no telefone ficamos na frente da TV e lá pelas 18H nos espantamos como é fácil jogar fora 4 valiosas horas da existência no lixo, e por isso continuamos em depressão. Mas então já se aproxima a hora da janta, deixamos a tristeza de lado pois temos que conseguir mais comida, é sempre um prazer comer.
As vezes a depressão se trona insuportável insuportável ai por 16h, e então tomamos atitudes drásticas do tipo desligar a TV e ir passear no parque, ou no shopping se estiver chovendo., ou ficar conversando horas sobre depressão, mas nada muito diferente disso.É claro que quando chegamos em casa tentamos nos convencer a todo custo que a indiada valeu a pena.Ter coisas ruins para fazer é melhor do que não ter nada para fazer.
È tão engraçado isso de termos a necessidade de justificar nossas atitudes para nós mesmos a todo o momento, é como uma prestação de contas incessante em que os contadores se pegam pelo pescoço e lutam com unhas e dentes por seus ideais.
As vezes temos idéias tão criativas as duas da tarde que justificam inteiramente algumas luocuras de nossa civilização , como: músicas emo, sertaneja, formação de metrópoles, teatro, Jet skii, mulher melancia e guerras mundiais.
Enfim, toda essa loucura se acalma um pouco depois da janta. Pois estamos fazendo digestão outra vez e já é noite , e isso serve totalmente de justificativa pra sentarmos no sofá e assistirmos TV novamente. As vezes vamos para festas o que é um capítulo a parte.
A festa nada mais é do que uma esperança infundada de felicidade garantida por no mínimo 4 horas. È um lugar apertado, quente, abafado, Barulhento( funk, pagode etc...), com gente hostil( patricinhas playbozinhos e marginais), lugar este que para nos suportarmos dentro temos que estar bêbados, anestesiados, alheios aos estímulos externos.Geralmente se passa mal por causa disso e a todo o momento olhamos para o relógio só esperando a hora de chegar em casa e dormir pois é claro que uma semana infernal por trás estamos abobados de sono.Mas não, agüentamos firme e esperamos até as 4 da manha para provarmos para nos mesmos e para os outros que estamos nos divertindo (seja lá o que essa palavra queira dizer).Enquanto esperamos bater as 4 horas nos remexemos e contorcemos em todas as dancinhas ridículas que o funk carioca e o axe baiano podem prporcionar. Isso para passar o tempo e tentar mostrar um pouco de alegria e euforia aos amigos conhecidos. Se estamos solteiros tentamos estabelecer contato com o sexo oposto, para pelo menos conseguirmos uma transa no fim da noite, como se isso fosse uma recompensa por todo o esforço. Beijar, em si, também não deixa de ser bom.Enfim a espécie tem que continuar.
Preenchemos a existência com tarefas, muitas delas inúteis e ridículas, a fim de nos alienarmos e tornarmos a convivência com nós mesmos, ao menos suportável.
Às vezes quando a aula acaba antes ficamos agoniados, depressivos sem saber como nos alienar.
Meus livros, meu violão, jogos, caderninho e lapiseira são meus companheiros nessa estrada de solidão sempre lutando contra a depressão, sempre acompanhado de uma ridícula mediocridade.Sim, e qual mediocridade não é ridícula?
Não se preocupe a vida passa, bem ou mal ela passa. Não temos obrigação de nada, não entendo porque tanta agonia.Sempre mediocremente para todos ela passa, invariavelmente.

Ou se corre atrás, ou se espera sentado.O que? O Nada

Procurar , esperar, angustiar-se,
encontrar, decepcionar-se, indignar-se,
batalhar um lugar melhor,
escolher,
arrepender-se até a morte!
Chorar e sofrer e arrepender e
procurar resposta e não encontrar.

E então novamente procurar , esperar, angustiar-se...

Até que então, por alguns felizes segundos,
Alienar-se, esquecer quem se é...
Rir e se sentir bem;
procurar por mais bem estar
e não encontrar.
E então novamente esperar, angustiar-se...

Minha Metade

Que tudo o que sinto
Se transforme em palavras,
Pois tudo o que vejo, por tua causa,
É colorido.


Que tudo que desejo
Se transforme em realidade,
Sempre contigo ao meu lado,
Pois nenhuma história pode ser realmente verdadeira,
Sem tua presença.


Que todo caminho que eu ande
Tenha a magia do teu toque de fada,
E a tua graciosidade de borboleta,
Pois por tua causa a floresta é encantada.


Que a saudade que sinto
nunca seja maior do que a esperança de reencontrar,
pois metade de mim é amor
e a outra metade...
também.


Nada como uma poesia doce de romance para derreter com cautela e carinho o gelo que impede nossos corações de bater.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Dores de cabeça

Dor de cabeça produz irritação. Irritação produz desentemdimento. Desentendimento produz solidão. Solidão produz depressão. Depressão produz blogs.
Blogs produzem dor de cabeça e por isso ou você toma logo um paracetamol ou para de ler isso.

Ta legal, já que você não parou, aconselho que cuide bem da sua cabeça, mantenha a tranquilidade e o bom humor; se conseguires fazer isso e ainda ser sincero, você merecerá os meus sinceros parabéns. Cuide dos seus joelhos também. E no filtro solar, acredite.

Isso que fiz acima se chama escrever por escrever, escrever para preencher o tempo livre. Transformar qualquer pensamento em palavras. Significa não ter a mínima pena de quem irá ler. Juro que me esforçarei para não fazer isso. Não quero que minhas palavras encham ainda mais o saco de lixo da cultura atual.
Na minha primeira postagem não quero ser incoveniente, nem conveniente.
Não queria fazer uma sinópse do blog inteiro, a curiosidade que tu tens leitor é o motor que te faz ir em frente na leitura. Matá-la toda logo de início significa me matar como autor, significa tirar toda a graça.

O ponta-pé inicial sempre será um dolorido ponta-pé num bloco implacável de gelo.
Quebraremos esse gelo aos poucos.