domingo, 24 de janeiro de 2010

Procura-se uma musa

Altos e baixos, sucesso e fracasso, oferta e procura
Eles todos definem valores, definiram esta noite meu valor.
Minha sorte foi lançada, irradiei o melhor de mim
Não sei nada da justiça divina, muito menos confio na justiça dos homens.

Tão doloroso quanto lembrar é esquecer.

Não sei se me compreendem, só queria ser honesto e ser tratado com honestidade;
Só queria expressar o que sinto e esperar cumplicidade, sinceridade;
Só queria poder ser expontâneo e não defrontar frivolidades;
Só queria ser feliz e não sentir nenhum tipo de pudor por isso;

È melhor morrer tentando do que viver acomodado, dizem os sabios bem sentados em suas confortáveis poltronas.
Prefiro permanecer na solidão a entregar meus sentimentos a alguém que não me merece.
Prefiro gastar todas as minhas fichas em algo novo do que perdê-las aos poucos com assuntos antigos.

O prazer está nas pessoas! O amor devolve a vida! O Afeto aquieta os instintos!

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Orgasmo

Branco, azul, roxo, tranquilidade
A musica se torna grave profunda e sincera.
Até mesmo a melodia que não existe se torna bela diante dos ouvidos otimistas
Minha alma voa na velocidade do som

Entre as nuvens, na paz, no olho do furacão
minha alegria se materializa, satisfaz
vontade de ficar parado, missão cumprida
os olhos baixos de prazer, denunciam os princípios básicos da biologia

Entrego meu intelecto ao descanso,
sabendo que a vida vale a pena se a alma não é pequena.
O que pode um ser humano senão entre outros... gozar?

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Colheita

Deprimido, cansado, entediado
O fracasso está em mim enfim
não à minha volta

O ambiente zomba de mim
as luzes, os olhares, os sorrisos me atordoam
comprovo minha insignificância

Minhas esperanças se transformam em nausea
Meu afeto se equivale a lixo
Minha reputação e auto estima simplesmente não existem

A música com toda sua admiribilidade inerente à toda a arte
me faz desejar ser surdo,
me faz perceber minha falta de sensibilidade

A dança, a graciosidade dos corpos em movimento,
guardam uma espontaneidade e beleza que me fazem parecer patético;
me fazem desejar ser aleijado.

Sou só mais uma ovelhinha branca que não consegue enxergar nada além de grama em meio a um deserto;
que apesar de estar confundida no rebanho, se sente sozinha;
que faz da cerca um paradoxo e entende seu campo por universo.

Grito por socorro à beira do abismo;
busco alento em velhos vicios, que só vêm a reforçar minha mediocridade.
Procuro algo de bom nas ultimas horas e só vejo a lama da auto-destruição.

Velhos problemas, de conhecidas soluções, continuam a incomodar;
ferem meu amor próprio e zombam de minha postura;
relembram minhas limitações, minha bestialidade, minha solidão.

Transformo paz em tédio, Liberdade em indecisão, Coragem em sofrimento, Multidão em isolamento.
A vergonha me acompanha, me desola e silencia.
Me sinto péssimo, com todo o pessimismo aí embutido.

Sou uma alma triste com todo o direito a sê-la
A realidade é dura, machuca. O tempo corrói.
Sigo fazendo bandeira de meus trapos, esperando a hora da colheita.

Sempre acelerando em busca de algo novo:
alienação, epifanias, carpe diem; a cada turno mais voraz e veloz...
O acelerador também é o botão de auto-destruição.