quinta-feira, 13 de agosto de 2009

E mesmo assim dá aquela sensação estranha de não ter nada pra fazer...


Nas férias não existem provas ou preocupações, isso faz parte daquele outro mundo paralelo, irreal e aparentemente sensato, em que nos fantasiamos com aqueles jalecos brancos e fingimos existir um abismo intelectual entre nós e nossos pacientes. Onde nos agarramos aos nossos livros, provas e problemas e tentamos fazer disso tudo uma carreira bonita e épica,com todo o sofrimento e drama inerente a essa palavra, que nos levará a algum lugar em algum momento onde tudo fará sentido e valerá a pena. E é claro chegaremos lá com muita retidão e boas maneiras...

Nas férias impera a Infinita HighWay:

"...Mas não precisamos saber pra onde vamos

Nós só precisamos ir

Não queremos ter o que não temos

Nós só queremos viver...”

“...Nós estamos vivos e isso é tudo...”

É o momento em que nos deparamos nua e cruamente com nós mesmos e fazemos o que gostamos de verdade. Temos a missão de nos divertir, de sermos felizes enfim, ou de no mínimo nos suportarmos. É um momento de intenso de autoconhecimento em que enfrentar aquele vazio e aquele tédio inerentes a nossa mediocridade é inevitável.Nos reinventamos e reformulamos nossa filosofia de vida, vamos a festas, tomamos porres , fazemos sexo, assistimos filmes, lemos livros, vemos o sol se pôr e fica aquela sensação...

"Não me venha com conclusões, a única conclusão na vida é morrer" diria o poeta.

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