sábado, 21 de abril de 2012

Android da geração Facebook


Sempre, inutilmente, meu intelecto se debate para manter-se conectado a uma humanidade desconexa.

Fico nauseado com o giro da ampulheta.

Perco as conexões facilmente e procuro rede, conselho, ajuda, atenção, Wi-fi, bluethoot.

Processamento lento, idéias grandiosas demais, emoções pesadas demais, planos complexos demais.

Erros freqüentes, avisos insensíveis, sinalizações agressivas, publicações constrangedoras.

Pirataria nas ondas eletromagnéticas. Invasões bárbaras de privacidade.  Mal-estar, vírus.

Sempre sobrecarregado, procurando tempo, entediado, angustiado. Disco rígido demais e cheio de coisas vazias.

Bateria fraca. Plugo na tomada e durmo. Ainda descubro quantos Watts de potência tenho...

Efêmero, urgente, sintético. Oportunidades imperdíveis passam voando a todo o momento.

Descartável. Sem conserto. Lixo.

Altamente estimulante, ansiogênico, aditivo e extenuante.

Confuso, desfocado, perdido na rede. 24h por dia no ar.

Individual distância abissal.

Touch na tela dura e fria.

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